Uma das séries de FPS mais reconhecidas abandona a temática da Segunda Guerra e dá lugar ao combate moderno
Call of Duty 4: Modern Warfare é o quarto título de uma série reconhecida pelo apelo cinematográfico de uma das guerras mais sangrentas que o mundo já viu: a Segunda Guerra Mundial. Desta vez, contudo, as trincheiras e as tropas aliadas deram espaço ao combate tático dos exércitos modernos e a luta contra o terrorismo.
Algumas características marcantes da série estão presentes, como o apelo tático e dramático dos combates — marcados por efeitos que fazem o jogador se sentir no meio do conflito —, outras como o som dos terríveis bombardeiros JU-87 Stuka despejando morte do céu, dão lugar à mesquitas e homens-bomba em meio aos exércitos ocidentais tentando levar a liberdade e a democracia para uma nação de fanáticos religiosos, em uma guerra fictícia que lembra alguns momentos da história atual.
Nada de atirar sem pensar primeiro
Antes de mais nada, Call of Duty é um jogo que requer raciocínio, então era de se esperar que a ação tática estivesse onipresente. Com a jogabilidade renovada, o jogador poderá freqüentar diversas zonas de combate. Por exemplo, é possível participar de missões de resgate, ser um franco-atirador, invadir locais em guerra com um helicóptero Blackhawk e reter ataques terroristas.
As diferenças, em relação aos jogos anteriores, não são puramente cronológicas já que a própria jogabilidade está alterada, priorizando o trabalho em equipe e o pensamento estratégico e tático do jogador em vez do combate desenfreado e do espírito "exército de um homem só".
Guerra declarada
Mesclando estratégia com ação explosiva, o jogo conquista não só os fanáticos por guerra mas também os fissurados por jogos de tiro. Além do mais, a produção é louvável, visto que o game possui física estável, gráficos de primeira qualidade, efeitos de sombra e luminosidade apurados e, por último, uma trilha sonora consagrada e indispensável para o conjunto da obra.
Prepare-se para uma batalha sangrenta
O demo traz a fase The Bog, na qual se assume o controle do Sgt. Paul Jackson, da Force Recon, em um cenário caótico na Rússia. O objetivo principal é proteger o tanque M1-Abrams, mas, para isso, é preciso entrar em um dos prédios próximos ao veículo, utilizando os óculos de visão noturna. Depois de eliminar todos os inimigos no prédio e nos arredores, é hora de pegar os mísseis guiados Javelin FGM-148 (os mesmos usados na Guerra do Iraque em 2003) e detonar alguns tanques inimigos que se encontram um pouco mais afastados em uma ponte.
Mais adiante, é preciso manter os russos longe do M1-Abrams, caso contrário, eles o explodem. E aqui aparece o momento de maior ação do demo, com dezenas de inimigos aparecendo por todos os lados, em um cenário que oferece diversos locais para proteção, embora algumas barreiras mais frágeis não ofereçam a cobertura necessária. Novamente, depois de eliminar os inimigos e explodir um imenso armamento russo, é hora de chamar o reforço aéreo e aguardar por novas ordens.
A versão demonstrativa focaliza nos aspectos mais ansiados pelos fãs da franquia: armas e equipamentos modernos, como sub-metralhadoras, rifles, o poderoso Javelin e os óculos de visão noturna. Os gráficos realistas, com efeitos deslumbrantes de iluminação, quando ocorrem explosões — e ocorrem explosões a todo o momento — e os sons ensurdecedores vindo de todos os lados, fazem dessa versão demonstrativa, por si só, imperdível.
A beleza do campo de batalha
Call of Duty 4 tem uma engine que traz configurações avançadas, como iluminação dinâmica, efeitos de sombra e profundidade de campo. Há um sistema que calcula a penetração das balas e a diminuição de sua velocidade nos elementos do cenário, levando em conta sua textura e grossura — o que faz com que o jogador pense duas vezes antes de se proteger atrás de uma parede fina, cercas de madeira, ou mesmo em um carro, o qual pode explodir a qualquer momento, enquanto está pegando fogo.
A qualidade gráfica se sobressai nos efeitos de luz, principalmente quando ocorrem explosões em grande escala, iluminando todo o cenário, além de todo um ambiente bastante detalhado e realista, e as texturas bem diferenciadas. Os personagens também são retratados com detalhismo em suas roupas e expressões faciais, movimentando-se com naturalidade ao correr e pular, por exemplo.
Mas o grande destaque fica para a qualidade sonora, que, nesse demo, está simplesmente deslumbrante, o que gera expectativas bastante altas para a versão final do jogo. Todo o barulho simultâneo das vozes dos companheiros, do rádio, dos inimigos, dos helicópteros voando e caindo e, claro, dos tiros e explosões em grande escala, fazem o jogador se sentir em pleno campo de batalha.
O jogo se utiliza inclusive de recursos recentes em jogos de tiro, como o de produzir um som agudo, como se tivesse estourado os tímpanos, quando ocorre uma explosão muito próxima do personagem — o que confere um alto grau de realismo à experiência.
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